Ministério da Saúde estima que cerca de 2 mil médicos do país caribenho tenham ficado no Brasil após o fim do convênio com a Organização Pan-Americana de Saúde. por Filipe Vidon
. Um deles é Yuniel López Martínez. O médico de 31 anos chegou ao Brasil para integrar o programa em agosto de 2017 e trabalhou por pouco mais de um ano no município de Porto Walter, Acre. Hoje, está desempregado e conta com a ajuda da esposa, servidora pública no mesmo município, e da família dela para sobreviver.
Segundo ele, quando ainda estava em Cuba, providenciando a documentação para entrar no programa, já circulavam rumores de que o Mais Médicos seria encerrado após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Ainda assim, veio ao Brasil em busca de trabalho."Não recebi nenhuma assistência quando fiquei sem emprego. Às vezes fico com vergonha, porque não estou acostumado a ficar em casa sem trabalhar.
Retornar para Cuba também não é uma opção para os que decidiram ficar no país. Os médicos que aderiram ao programa cedo e já estavam naturalizados quando ele foi encerrado sofreram menos com as sanções do governo cubano. Nesse período, Yuniel estava prestes a se casar e tomou a decisão de continuar no Brasil mesmo indo contra a determinação cubana.
“Até agora não temos notícias sobre o Revalida, não sabemos o que fazer. Também estamos preocupados se tiver um custo financeiro para isso. Não somos mais ninguém para o governo de Cuba, então, ficamos aqui pedindo a Deus para que o governo nos dê uma oportunidade. É muito triste porque a maioria de nós está na mesma situação: sem emprego, sem famílias e sem esperanças em relação ao Revalida”.
Para substituir o Mais Médicos, Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, criaram o programa. O objetivo ainda é levar médicos ao interior do país e regiões remotas que sofrem com a falta de profissionais. Também é esperado que o salário de R$11,8 mil aumente e que os médicos recebam bônus dependendo do local de trabalho.
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