Levantamento exclusivo feito pelo GLOBO aponta que, em média, um abuso sexual com múltiplos agressores acontece a cada 36 horas
A menos de uma semana de completar 12 anos, a menina voltava tranquila das aulas em uma escola municipal na Zona Oeste do Rio. Na porta de casa, um aluno mais velho, que a seguia desde o colégio, a abordou e forçou entrada no imóvel. Ela foi levada até um dos quartos, onde ele “abusou sexualmente da criança, inclusive com penetração”, como está descrito no registro de ocorrência, lavrado no dia 9 de maio.
Em 2018, após uma mudança no Código Penal, os estupros ocorridos “mediante concurso de dois ou mais agentes” passaram a proporcionar uma pena maior, que pode superar 16 anos de prisão. A alteração começou a tramitar no Congresso dois anos antes, uma semana depois de vir à tona um estupro coletivo ocorrido em um pequeno imóvel no Morro da Barão, na Praça Seca, Zona Oeste do Rio.
— Estamos falando de vítimas muito vulneráveis, sobretudo as meninas mais novas. Se denunciar quando há apenas um agressor já é difícil, quando existem vários fica ainda mais complicado.
— Minha filha contou que, em um primeiro momento, chegou a achar que era tudo uma brincadeira. Ela demorou a entender o que estava acontecendo, até por não ter nenhuma vivência sequer parecida com isso. Eu só fui saber exatamente o que fizeram na delegacia, porque até então, por vergonha, ela não tinha conseguido descrever pra mim tudo o que sofreu e ouviu.
Segundo o registro de ocorrência, feito em uma delegacia da Zona Oeste, os cinco agressores "imobilizaram a vítima segurando seus braços e pernas", e em seguida abaixaram as calças do menino. Os autores, então, "introduziram os dedos no ânus" da criança e puxaram a cueca "com muita força", chegando a machucar as partes íntimas do garoto.
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