Cármen Lúcia foi feliz ao declarar que as agressões durante campanhas ofendem a própria democracia
Pablo Marçal , ao centro, é pivô de mudanças nas regras do debate da RecordTV após agressão cometida por seu assessor Nahuel Medina contra o marqueteiro de Ricardo Nunes , Duda Lima , no encerramento do debate do Flow — Foto: Reprodução e Maria Isabel Oliveira/O Globo
Não existe dimensão mais alarmante da violência política que o homicídio. Na terça-feira, o candidato a vereador em Nova Iguaçu Joãozinho Fernandes foi morto a tiros. Em quatro meses, pelo menos oito candidatos, parentes ou assessores foram assassinados na Baixada Fluminense.
Em discurso na última terça-feira, ela citou despreparo, descaso ou tática ilegítima e desqualificada das campanhas políticas. Seja qual for a causa ou a intenção para os atos violentos, argumentou Cármen Lúcia, não há justificativa.
Cármen Lúcia acertou ao conclamar os partidos para que “tomem tenência” da situação. Afinal, campanhas eleitorais são financiadas com dinheiro público. Juntos, os 29 partidos receberão R$ 4,9 bilhões para a corrida eleitoral deste ano. Segundo ela, as legendas não podem “pactuar com desatinos e cóleras expostas em cenas de vilania e desrespeito aos princípios básicos da convivência democrática”.
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