A Netflix anunciou que não lançará um documentário de nove horas sobre Prince, após o espólio do cantor bloquear a exibição do filme. O documentário, já pronto, seria dirigido por Ezra Edelman e contava com acesso inédito ao acervo pessoal de Prince.
O espólio do cantor Prince , falecido em abril de 2016, aos 57 anos, proíbe a Netflix de exibir um documentário de nove horas sobre a vida do artista. O filme, dirigido por Ezra Edelman, criador do premiado documentário OJ: Made In America, já estava pronto, mas não será lançado após um acordo mútuo com o espólio de Prince e a plataforma de streaming.
De acordo com um comunicado enviado ao jornal Minnesota Star Tribune, a Netflix afirmou que o acordo permitirá que o espólio de Prince desenvolva e produza um novo documentário utilizando conteúdo exclusivo do arquivo pessoal do cantor. O documentário proibido contou com cinco anos de produção, incluindo um acesso inédito ao acervo de Prince, que continha milhares de gravações jamais reveladas ao público.O filme, que ainda não tinha título definido, reuniu entrevistas com ex-colegas de banda, empresários, namoradas e uma das irmãs de Prince. A administração do espólio, que era gerenciada por um banco até 2022, não teria interferência no processo editorial do documentário. Contudo, após a mudança de gestão para alguns dos herdeiros de Prince, novas exigências, cortes e refilmagens foram solicitadas. A nova administração argumentava que o filme era sensacionalista e impreciso. Uma jornalista do New York Times, que teve acesso ao documentário proibido, descreveu o filme como comovente e convincente, destacando cenas como a relato da ex-namorada de Prince, Jill Jones, sobre uma agressão física por parte do cantor, além de momentos que abordam a dependência química de Prince a analgésicos e críticas sobre a antissemitismo presente em algumas de suas letras
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