Ao menos seis ministros do STF já cobraram manifestações do procurador, responsável por abrir investigações contra o presidente. Senadores e ex-procuradores o acusam de prevaricar por não agir contra Bolsonaro
momentos antes da votação na Câmara sobre o voto eletrônico, que era de seu interesse. Além disso, o mandatário ameaça constantemente o STF, inclusive xingando ministros da corte, e contraria protocolos sanitários básicos contra a covid-19. Nesta semana,
a procuradoria-geral liderada por ele foi responsável por uma decisão considerada negacionista, ao se manifestar contrariamente à abertura de uma investigação contra Bolsonaro pela ausência do uso de máscaras em público e por promover aglomerações.
Aras é procurador-geral desde setembro de 2019. Chegou ao cargo por indicação de Bolsonaro e sem o apoio de seus pares, já que não concorreu na eleição interna da Associação Nacional dos Procuradores da República. Entre seus eleitores no Senado estavam políticos alinhados ao presidente, ao Centrão e ao PT.
Com a atuação questionável, ele tem acumulado alcunhas. Membros do Ministério Público ouvidos reservadamente pelo EL PAÍS disseram que, nos corredores, ele tem sido chamado de prevaricador-geral da República.
Para especialistas, Aras é mais uma peça na engrenagem bolsonarista na tentativa de enfraquecer os poderes. “O presidente capturou as instituições, em especial o Ministério Público e as Forças Armadas”, diz o coordenador do grupo de advogados Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho. Em sua visão, há inércia por parte do procurador, que deveria ser barrado pelo Senado.
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