Seu pai, o também escritor Sérgio Sant’Anna, é um dos cem mil mortos pela pandemia contra a qual Bolsonaro se omite
Em livros como “O Brasil é bom” , “Sexo e amizade” e “O paraíso é bem bacana” , André Sant’Anna vem pintando do país um retrato apocalíptico que, em 2020, é ainda mais realista do que já era antes. A pandemia chegou à marca oficial dos cem mil mortos, e do presidente da República ouviu-se o seguinte: “Vamos tocar a vida. Tocar a vida e buscar uma maneira de se safar desse problema”.
“Modéstia à parte, creio que percebi e escrevi nos meus últimos livros esse Brasil que está acontecendo agora – a imbecilidade no poder”, diz André Sant’Anna. “Meus personagens imbecis, dizendo coisas como ‘bom era no tempo da ditadura’, ‘tem que mandar o safado do Direitos Humanos pra terra deles’, ‘Meio ambiente é o caralho’ etc., já vêm desde o ano 2000, antes do ‘Tropa de elite’ do [José] Padilha fascista, antes de Bolsonaro etc.
“A estranheza dessa morte súbita, creio que una familiares e amigos da vítima. Meu pai morreu no Rio de Janeiro, e eu moro em São Paulo. Não o visitei no hospital, e ele foi sepultado sem cerimônia, amigos ou família. Três meses depois, ainda não fui ao Rio, não entrei no apartamento dele. Acho que todos passamos por processos semelhantes.”
Brasil Últimas Notícias, Brasil Manchetes
Similar News:Você também pode ler notícias semelhantes a esta que coletamos de outras fontes de notícias.
Arboleda quer São Paulo concentrado para dar segurança a Diniz - ISTOÉ IndependenteZagueiro equatoriano diz que eliminação no Campeonato Paulista ainda está doendo nos jogadores, mas projeta bom início de Brasileirão para retomar a confiança
Consulte Mais informação »
A conversa com Lilia Schwarcz não se encerra sem mútua escuta - CartaCapitalOpinião | A conversa com Lilia Schwarcz não se encerra sem mútua escuta. Por Marina Costin, Tales Ab'Sáber e Douglas Rodrigues
Consulte Mais informação »
Ministro da Justiça admite monitoramento de grupo antifascista em depoimento no CongressoEm comissão, André Mendonça minimiza dossiê produzido por sua pasta e diz que o presidente Bolsonaro e o ministro Lewandowski, do STF, foram monitorados na gestão Dilma Rousseff. Por afonsobenites
Consulte Mais informação »
Ministro da Justiça assume existência de relatório sobre opositores de Bolsonaro - CartaCapitalPorém, André Mendonça recusou chamar documento de 'dossiê', segundo informou El País Brasil
Consulte Mais informação »