Déficit do sistema metroviário ameaça direito ao transporte que se tornou uma das principais atrações para a população idosa sul-coreana, na qual 4 em cada 10 vivem na linha da pobreza
Professor de matemática aposentado em um dos seus passeios de metrô em Seul — Foto: Chang W. Lee/The New York Times
O sul-coreano Lee Jin-ho — vestido de forma elegante, com um chapéu de palha, um tênis Adidas branco e um kimono tradicional — pegou duas linhas de metro por mais de uma hora desde a sua casa até à última parada, Soyosan, num dia abafado de agosto. Andou cerca de 100 metros além da estação, descansou um pouco à sombra e depois voltou a entrar no trem em direção ao sul.
Os passageiros como Lee dizem respeitar o ritmo e as regras tácitas do metrô: evitar o horário de pico, quando os vagões estão cheios e todo mundo está com pressa. Não parar em frente aos jovens sentados, para que não se sintam pressionados a ceder o lugar. Cha Heung-bong, atualmente com 80 anos, um antigo ministro da Saúde e da Seguridade Social que propôs a política de tarifas gratuitas por volta de 1980, disse que muitos sul-coreanos idosos vivem com rendimentos limitados porque o sistema nacional de pensões só foi instituído no final da década de 1980.
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