A premiê não durou dois meses no cargo: é preciso indicar um novo nome rapidamente, antes que a crise se aprofunde e arraste o próprio Partido Conservador
De nada adiantou se achar uma nova Margareth Thatcher e até copiar o cabelo e as roupas em tons de azul da icônica primeira-ministra britânica dos anos 1980. A teimosa Liz Truss derrapou na própria arrogância e foi obrigada a pedir demissão do cargo após 45 dias, batendo o recorde de curta permanência de George Canning, que morreu de tuberculose em 1827, com 119 dias de mandato.
A quarta-feira, 19, foi quente em Londres. Correligionários já haviam pedido, aberta ou sigilosamente, a renúncia da primeira-ministra, que convidou Graham Brady, o presidente do poderoso Comitê de 1922 , à residência oficial na Downing Street para sentir a temperatura do grupo.
“Dia 6: Liz Truss vai durar mais que esse pé de alface?” Humor britânico: Charge publicada no site do jornal Daily StarPara Roberto Goulart Menezes, professor de Relações Internacionais da UnB, Liz Truss errou ao jogar toda a culpa da crise britânica na guerra da Ucrânia, quando na raiz do aumento do custo de vida estava a pandemia.
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