Elizabeth Bagley conclui seu mandato como embaixadora dos EUA no Brasil sem conseguir ressuscitar o personagem Zé Carioca. Sua saída aumenta as incertezas sobre a relação entre os EUA e o Brasil, especialmente com a possível ascensão de Donald Trump ao poder.
A embaixadora dos EUA no Brasil , Elizabeth Bagley , concluiu seu mandato sem conseguir ressuscitar o personagem Zé Carioca . Sua saída aumenta as incertezas sobre a relação entre os EUA e o Brasil , especialmente com a volta de Donald Trump ao cenário político americano. Apesar de parcerias exitosas em áreas como a defesa da democracia, direitos humanos e combate ao aquecimento global, a missão de Bagley chega ao fim.
Conhecida por sua atuação política e participação em eventos sociais, sua partida deixa um vazio em Brasília, segundo diplomatas estrangeiros. O futuro da comunicação entre os dois países fica em suspense diante da mudança de administração nos EUA.Bagley chegou ao Brasil dez dias antes de uma reunião histórica entre os presidentes Biden e Luiz Inácio Lula da Silva, em Washington. Com a possível demora na nomeação de um novo embaixador americano, conforme especulado, poderia ser interpretado como um sinal de desinteresse de Trump pelo governo Lula, o que dificultaria os contatos entre Brasília e Washington. Aos 73 anos, Bagley trouxe diversas ideias para o Brasil, algumas delas implementadas com sucesso e outras que permanecem em aberto. Ela contribuiu para a construção de uma parceria sem precedentes entre os dois maiores países das Américas, além de ter auxiliado na criação de uma frente mundial pelo trabalho decente. Sua tentativa de ressuscitar Zé Carioca, porém, não foi concretizada devido a questões relacionadas à propriedade intelectual. O personagem, criado no início da Segunda Guerra Mundial como parte de uma política de boa vizinhança com a América Latina, precisaria de adaptações para os dias atuais, incluindo ajustes para garantir uma versão politicamente correta.A embaixadora é viúva, mãe de dois filhos e avó de um neto. Sua última experiência como embaixadora foi nos anos 1990, em Lisboa, Portugal. Ocupou cargos relevantes no Departamento de Estado dos EUA, atuando como assessora sênior de secretários como John Kerry, Hillary Clinton e Madeleine Albright, além de representar os EUA na Assembleia Geral da ONU. Bagley era conhecida por buscar contatos diretos com membros dos três poderes brasileiros e por participar ativamente da vida social do país, frequentando eventos e utilizando as redes sociais para se conectar com o público. A chef da representação da Suécia em Brasília, Karin Wallensteen, ressalta a experiência, proatividade e estratégia da embaixadora, além de sua acessibilidade e postura como interlocutora valiosa
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