Albert Einstein disse que brasileiros eram 'fofinhos' e comparou povo a 'macacos'
Em visita ao Brasil, Albert Einstein disse que brasileiros eram 'fofinhos' e comparou povo a 'macacos'Em áudio | Em visita ao Brasil, Albert Einstein disse que brasileiros eram 'fofinhos' e comparou povo a 'macacos'Ele não pretendia que as anotações fossem publicadas, mas foram — e isso nos permite conhecer suas impressões sobre países que visitou.
Em seu livro, Rosenkranz nos conta que embora o físico tenha ficado encantado com "a cordialidade genuína" dos uruguaios, escreveu comentários muito "duros" sobre os argentinos e manifestou "um afeto ambivalente pelos brasileiros".Em março de 1925, Einstein embarcou para uma região que nunca havia visitado: a América do Sul.
Ele já havia expressado essa ideia em um diário anterior, quando fez uma escala no Ceilão , e indicou que os trópicos suavizam a população. O pesquisador conta que, nas entrevistas que concedeu quando seu livro foi lançado no Brasil, percebeu que seus interlocutores ficaram ofendidos. "E acho que eles têm razão de ficar com essas expressões de paternalismo."Einstein chegou à América do Sul com sua própria perspectiva, que era "centro-europeia, caracterizada pelo paternalismo e pela superioridade e até mesmo por uma boa dose de arrogância", escreveu o historiador.
O ganhador do Prêmio Nobel de Física havia recebido vários convites naquele país, não apenas do meio acadêmico, mas também da comunidade judaica. No início, diz o especialista, o físico teve impressões muito positivas, especificamente de acadêmicos, como o reitor da Universidade de Buenos Aires, José Arce, e o filósofo Coriolano Alberini.
Embora o pesquisador reconheça que hoje em dia provavelmente poderia ter outra conotação, ele acha que "ele quis dizer isso num sentido favorável". Ao fazer alusão aos "índios", Einstein "está se referindo a um dos grupos étnicos da população que encontrou na América do Sul", mas acaba fazendo uma generalização.
Em seu diário, Einstein usou adjetivos como "superficial" e "fria" e, embora estivesse se referindo à capital, Rosenkranz observa que o físico novamente recorre a uma generalização para englobar todo o país. "Ele continuou, inclusive, a expressar estereótipos muito semelhantes após a viagem, quando já estava de volta à Europa."
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