Europa retomou níveis de gastos militares da Guerra Fria; EUA continuam sendo maior gastador, enquanto investimento do Brasil no setor cai
Soldados ucranianos disparam um lançador de foguetes BM-21 Grad contra a posições russas na linha de frente de Bakhmut, na região de Donetsk. 18/04/2023 - Um relatório publicado pelo centro de pesquisas Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo revelou nesta segunda-feira, 24, que gasto militar global total aumentou 3,7%em 2022, atingindo um novo recorde de US$ 2,24 trilhões .
Além disso, preocupações com a ameaça russa à soberania de outras nações influenciaram as decisões de gastos de muitos outros estados. Vários países aumentaram significativamente seus gastos militares após a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022, enquanto outros já anunciaram planos para incrementar os níveis de investimento por períodos de até uma década.
“A diferença entre os planos e os gastos reais em 2022 sugere que a invasão da Ucrânia custou à Rússia muito mais do que o previsto”, disse Lucie Béraud-Sudreau, pesquisadora do Sipri. Embora esse tenha sido o maior montante de ajuda bélica dado por qualquer país a um único beneficiário desde a Guerra Fria, ainda foi apenas 2,3% do gasto militar total dos Estados Unidos. O governo americano alocou US$ 295 bilhões para operações e manutenção militar, US$ 264 bilhões para compras, pesquisa e desenvolvimento e US$ 167 bilhões para militares.
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