Em entrevista à BBC News Brasil, governador do Rio Grande do Sul defende que alertas foram efetuados nos momentos devidos e afirma confiar na 'boa vontade' do governo federal
, o governador do Estado, Eduardo Leite, negou, em entrevista à BBC News Brasil, que tenha demorado a pedir a evacuação de pessoas que viviam em áreas de risco sujeitas às inundações que afetaram mais de 92% dos municípios gaúchos.
Apesar de ter criado um comitê científico para ajudar o Estado no processo de reconstrução, ele deu a entender que a ciência não terá a palavra final nesse esforço.Leite ainda defendeu sua política ambiental, criticada por acadêmicos e organizações não-governamentais por conta das mais de 400 alterações na legislação estadual sobre o assunto.
No dia seguinte, dia 30, a gente percebe um agravamento dessa situação. Eu reporto, então, às instâncias federais, aos ministérios, às Forças Armadas, pedindo apoio para fazer salvamentos que, nós já projetávamos, seriam em grande escala Depois do jogo jogado, é fácil dizer: “Ah...subiu tanto... podia ter feito isso, podia ter feito aquilo”. Naquela condição que nós tínhamos, com aquelas informações, as providências foram sendo adotadas de acordo com o que se observava.
BBC News Brasil – O senhor disse que a previsão não indicaria que iria subir com rapidez, mas o alerta feito pelo Cemaden no dia 30 citava especificamente que haveria uma elevação brusca nos rios de várias regiões, inclusive cita nominalmente o rio Taquari. Já há mais de 150 mortos.
BBC News Brasil - Desde o início do agravamento dessa crise, houve muitas críticas não apenas ao governo estadual, mas também ao governo federal, indicando que as autoridades, de forma geral, não estariam à altura desse desafio..Naturalmente, as críticas fazem muito mais sentido para uma entrevista do que falar dos elogios. Eu tenho absoluta consciência de que eu não sou o dono da verdade, de que nós temos sempre que melhorar em muitas frentes.
Assim como diante de novos desafios, o governo é dinâmico, que a gente identifica que a gente vai acoplar novas ações que possam reforçar a capacidade do governo de dar respostas, porque nós temos. Lembre -e disso também. Então, esse comitê, é para ser diverso, mas com estrutura técnica, participação da academia, e nós queremos um comitê robusto para poder indicar as ações prioritárias.Existe uma ciência que estuda o comportamento do meio ambiente. Existe a própria ciência política.
Esta questão de supressão de determinada vegetação também se subordina às legislações federais. Existe um código de florestamento no Brasil e o que nós fizemos no rio Grande do Sul foram compatibilizações em relação à legislação nacional, mas, como eu disse, temos absoluta tranquilidade para se fazerem as discussões.
O Rio Grande do Sul está com a alma muito machucada pelo que se passou Quando as águas baixarem, a gente vai conseguir ver melhor o que isso terá acontecido. Inclusive, com mais vidas que se possa ter. Cada uma delas dói, sem dúvida nenhuma.
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