Detenções arbitrárias e acusações de terrorismo: Venezuela prende estrangeiros para usar como moeda de troca com Trump

Mais de 100 portadores de passaportes internacionais foram presos pelas forças de segurança venezuelanas nos últimos meses, vários deles com cidadania americanaO ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, fala durante entrevista coletiva em Caracas — Foto: Ministério da Justiça e do Interior da Venezuela/ AFPMais de 100 estrangeiros detidos na Venezuela como moeda de troca com os EUA. Acusações de terrorismo e espionagem.

A maioria está sendo mantida sob custódia por acusações de espionagem, terrorismo ou complô para derrubar Maduro. Mas analistas afirmam que o movimento faz parte de uma estratégia maior de barganha criada por Caracas, na qual os detentos podem servir de moeda de troca com o novo governo americano e com seus aliados.

— Neste momento, são 125 detidos, mercenários, por execução de atos terroristas na Venezuela, atos de desestabilização — afirmou em uma entrevista coletiva com veículos de comunicação pró-governo. O último estrangeiro a ser preso foi Nahuel Gallo, de 33 anos, policial civil da Argentina. Preso quando viajava para a Venezuela em 8 de dezembro para passar as festas de fim de ano com a esposa e o filho pequeno, ele foi acusado de "terrorismo", "conspiração" e "associação para delinquir".

Maduro nega a manutenção de prisioneiros por motivos políticos. Ele insiste que deseja uma reaproximação com o presidente eleito dos EUA, Donald Trump, que assume o cargo em 20 de janeiro.

Nicolás Maduro Presidente Da Venezuela Venezuela

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