Sempre há um chinelo velho para um pé cansado.
Sempre há um chinelo velho para um pé cansado. Obedecendo ao ditado, um grupo de colegas conseguiu adiar a análise pela Câmara da prisão do deputado federal Chiquinho Brazão, suspeito de ser mandante da execução da vereadora Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes em 2018. O pai da ideia, Gilson Marques , reclamou de"pressa" para avaliar o caso.
Ironicamente, a reclamação ecoa críticas que nós, jornalistas, ouvimos nos últimos seis anos de pessoas envolvidas na investigação da morte de Marielle no Rio. Que o crime era complexo, que a sociedade precisava entender que a polícia estava se esforçando, que as coisas não podiam ser feitas com pressa, nem no"afogadilho" — outro termo usado por Marques.
Só agora, com a entrada da Polícia Federal na investigação e a consequente revelação dos mandantes, é que descobrimos que além de Chiquinho e de seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio, Domingos Brazão, também estava envolvido o então chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa.
A Comissão de Constituição de Justiça teria 72 horas para validar ou não a prisão de Chiquinho, ocorrida no último domingo . Caso isso não ocorra, o presidente Arthur Lira pode levar o caso diretamente ao plenário. Dai, serão necessários 257 votos dos 513 deputados para autorizar a prisão.e argumentar por sua soltura.
A decisão seria levada para a turma no STF, mas também é difícil imaginar que eles colocariam na rua alguém apontado como protagonista do principal crime político do Brasil atual, um crime que demorou seis anos para ser desvendado, fato que envergonhou o país diante de seu povo e do mundo. Ainda mais com a chance de ele se escafeder. Com Supremo, com tornozeleira eletrônica, com tudo.O adiamento mostra que ele conta com apoio na casa.
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