Investigações revelam que antiga gestão operou estrutura paralela de inteligência com objetivo de manter o ex-presidente no poder
Investigações da PF indicam que Bolsonaro se aproveitou de uma estrutura paralela de informações para monitorar adversários — Foto: Brenno Carvalhode viagens de autoridades, infiltração de agentes e uso de programa espião. Todo esse aparato, segundo apontam investigações da Polícia Federal, foi operado para espionar adversários políticos e minar o processo eleitoral em 2022, com o objetivo de manter o ex-mandatário no poder.
Auxiliar mais próximo a Bolsonaro, Cid concentrava as informações que chegavam ao presidente no mesmo período em que participava diretamente das discussões sobre o plano de ruptura institucional — uma minuta com teor golpista foi encontrada no celular dele. Câmara era responsável por checar relatos que chegavam a Bolsonaro via WhatsApp, principal fonte de informações usada por ele.
Entre julho de 2019 e março de 2022, a agência foi chefiada pelo delegado Alexandre Ramagem, eleito em 2022 deputado federal pelo Rio com o apoio do vereador Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente. Ao assumir o comando da Abin, Ramagem montou um gabinete paralelo formado por policiais federais que faziam apurações do interesse de Bolsonaro.
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