Saída de diretores e carta aberta de funcionários expõem inépcia do presidente Marcio Pochmann
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística entrou em convulsão na semana passada com o pedido de demissão dos dois diretores responsáveis pela área de pesquisas, a mais importante, alegando falta de interlocução com a presidência. O principal motivo que desencadeou a saída é a tentativa do presidente do IBGE , Marcio Pochmann, de criar uma fundação de caráter público-privado usando a marca do instituto.
O instituto divulgou comunicado negando crise e defendendo a criação da fundação. No texto, afirma que pode recorrer à Justiça contra o que chama de “desinformação e mentira”.
O nome de Pochmann, economista da Unicamp e quadro histórico do PT, está indelevelmente associado à crise durante sua gestão no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada , entre 2007 e 2012. Mesmo durante a ditadura, o Ipea, sob o guarda-chuva do então ministro do Planejamento, Reis Velloso, desenvolvera pesquisas e estudos independentemente dos poderosos da ocasião. Com Pochmann, a autonomia histórica foi posta em xeque.
No IBGE, não há até o momento nenhum sinal de intervenção de Pochmann no resultado de pesquisas cuja metodologia está consolidada há décadas. Ele próprio, ao assumir, enfatizou que esse era um “receio injustificável”. “Aqui tem um rigor enorme. Todos os procedimentos são identificados. Não existe essa possibilidade”, afirmou.
Ibge O Instituto Brasileiro De Geografia E Estatística Simone Tebet Ministra Do Planejamento Do Governo Lula E Ex-Sen
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