Vacinação em massa, vigilância constante (para identificar e isolar os casos positivos rapidamente), comunicação clara dos governantes e máscaras são algumas medidas que precisam ser reforçadas neste ano g1 coronavirus pandemia
Mulher segura comprovante de vacinação contra a Covid-19 enquanto recebe dose da vacina em São Paulo. — Foto: Divulgação/Governo de SP
Em junho, quando o Brasil bateu 500 mil mortes, o g1 entrevistou mais de 100 especialistas sobre a pandemia no segundo semestre. Perguntamos sobre o percentual de vacinados até o fim do ano, sobre vacinação em crianças com mais de 12 anos, sobre o abandono de medidas não farmacológicas e se o Brasil teria um novo período com média acima de 2 mil mortes.
O infectologista da PUC-Rio Fernando Chapermann lembra que o coronavírus não vai sumir. Por isso, é muito importante o controle e medidas de bloqueio. “Em casos de surtos, precisamos bloquear o vírus. Precisamos de vacinação em massa.” Fernando Chapermann concorda que a vacinação em massa é a chave para evitar números alarmantes em 2022. “Se eu tivesse que propor uma situação, focaria em quatro pilares: vacinação mista, proteção 100% das pessoas mais frágeis , manteria a CoronaVac no programa de imunizações e montaria tendas para atender pessoas com sintomas de gripe [fazendo testes para saber se é gripe ou Covid-19]”.
“Precisamos ter consciência, saber onde estamos inseridos e o que fazer. Preciso saber em qual ambiente estou para saber como lidar. A carteira de vacinação em certos ambientes é importante, porque estamos falando de saúde pública”, completa.Vacinação anual? "No período pós-pandêmico, não há sentido em ficar vacinando toda a população. Teremos, provavelmente, uma vacinação de grupos vulneráveis, algo semelhante com o que a gente faz na gripe. Até lá [o período pós-pandêmico], precisaremos manter altas taxas de proteção. Revacinar quem perdeu proteção, ampliar o número de vacinados, vacinar crianças", explica Kfouri.