Corte no orçamento do MEC e verba a mais para militares: o que poderia ser feito com os bilhões que devem sair da educação G1
A notícia da previsão de corte de R$ 4,2 bilhões na Educação no ano que vem chega no momento em que as escolas públicas brasileiras terão que gastar mais para manter a higiene das salas com o retorno das aulas presenciais. Educadores criticaram a redução no orçamento enquanto o Ministério da Defesa deverá ter à disposição R$ 5,8 bilhões a mais para despesas e investimentos em 2021.
Pias e totens de álcool em gel foram instalados nas escolas do Amazonas, primeiro estado a voltar com as aulas presenciais na rede pública e privada. — Foto: Divulgação/Secom A merenda das escolas é garantida por meio de repasses do governo federal direto para estados e municípios por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar . Atualmente, 40 milhões de estudantes são beneficiados por este programa, todos os dias.
O corte no orçamento do MEC representa quase tudo o que foi investido no programa Pro-Infância, para construir creches entre 2011 e 2019, segundo Gregório Grisa, doutor em educação e professor de política e orçamento educacional no Instituto Federal do Rio Grande do Sul. Foram R$ 4,7 bilhões utilizados nesse período.
Caso o aporte que irá para a Defesa fosse investido neste programa, o volume representaria oito vezes o que foi aplicado em 2020, e poderia beneficiar 33,6 milhões de estudantes dos 45,3 milhões no país.Os R$ 4,2 bilhões em recursos que poderão ser retirados da Educação poderiam ampliar o Programa Nacional do Livro Didático de acordo com uma projeção feita pelo Instituto Unibanco a pedido do G1.
“Chegar ao entendimento de que a Defesa vale mais que a Educação, em um país sem conflitos externos como o Brasil, é uma visão que vai na contramão dos países democráticos. A maioria já está consciente de que o desafio é investir na sociedade do conhecimento, e isso se faz com educação", analisa.
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