Corregedoria investiga conduta de juíza que teria induzido mãe e menina a seguirem com gravidez após estupro
Joana Ribeiro Zimmer: juíza negou aborto a criança vítima de estupro e tentou induzir mãe e filha durante audiência — Foto: Solon Soares / ALSC
O caso ganhou repercussão nesta segunda-feira , após reportagem publicada pelo portal The Intercept. O teor do processo foi confirmado pelo GLOBO. Numa gravação vazada da audiência, e publicada pelo Intercept, Zimmer e a promotora do Ministério Público de Santa Catarina Mirela Dutra Alberton, aparecem tentando, a exaustão, induzir a menina e sua mãe a prosseguirem com a gestação, resultado de uma violência sexual.
Questionado, o MPSC não se manifestou acerca da conduta da promotora, e afirmou em comunicado que a 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Tijucas ajuizou ação pleiteando autorização judicial para interrupção de gravidez assistida, segundo critérios definidos pela equipe médica responsável e que, além disso, foi ajuizada medida protetiva de acolhimento provisório, não por conta da gravidez, mas "com o único...
No texto divulgado pelo Juntas!, foi ressaltado também que Zimmer “não cumpre o seu dever profissional e coloca em risco a vida de uma criança grávida vítima de estupro”. Ainda segundo o grupo, a juíza tem atuado contra o estatuto da Magistratura e a Lei Mariana Ferrer, que resguarda vítimas de violência no processo judicial.