País comunista está atrasado em várias áreas em comparação ao restante do mundo, mas já teve um impacto significativo no futebol feminino internacional.
A Coreia do Norte está atrasada em relação à maior parte do restante do mundo em várias áreas — mas já teve um impacto enorme no futebol feminino internacionalA jogadora Heather O'Reilly marcou o último gol da partida, levando a seleção bicampeã dos Estados Unidos, número um do mundo, a empatar em 2 a 2 no jogo de abertura da Copa do Mundo...
Quando enfrentou os Estados Unidos em 2007, estava em quinto lugar no ranking mundial — e em meio a uma sequência de três títulos asiáticos no espaço de uma década.Em 2016, as norte-coreanas venceram a Copa do Mundo Feminina Sub-20, derrotando Espanha, Estados Unidos e França nas eliminatórias. No mesmo ano, sua seleção sub-17 também ganhou a Copa do Mundo da sua categoria.
A cineasta austríaca passou cinco anos acompanhando a seleção norte-coreana, obtendo acesso sem precedentes à sua dinâmica interna e suas jogadoras para seu documentário de 2009,Ela diz que, como acontece com a maioria das coisas na Coreia do Norte, o grande impacto do futebol feminino no país é atribuído ao homem no poder.
No congresso da Fifa daquele ano, a norueguesa Ellen Wille, com apenas 1,5 metro de altura, subiu ao púlpito, e começou seu discurso — o primeiro de uma mulher em um congresso da Fifa — com um grito de raiva. As recompensas materiais para as jogadoras da Coreia do Norte não são contratos milionários nem mudanças para o exterior. No caso delas, a realocação, e não a remuneração, é o principal atrativo.A escassez de alimentos, assistência médica e aquecimento é comum, principalmente nas áreas rurais.
Nos anos 2000, quando as jogadoras da Inglaterra raramente atraíam um público de milhares de torcedores, a Coreia do Norte lotava o Estádio Kim Il-sung, com capacidade para 50 mil pessoas. "As jogadoras que acompanhei diziam: 'As americanas são muito mais altas e muito mais fortes do que a gente, porque elas têm comida suficiente e todos os tipos de coisas que nós não temos — mas nossa mente é muito forte, ninguém espera isso'", conta Weich.
"Eu me lembro de pensar que seria legal tentar conversar, jogar cartas ou fazer qualquer coisa para ter algum tipo de troca cultural." Cinco jogadoras testaram positivo para um tipo raro de esteroide. A explicação da Coreia do Norte foi ainda mais atípica.
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