O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros (Selic) em 1,25 ponto percentual, para 12,25% ao ano, em decisão unânime. O Copom sinalizou que antecipa, em cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião, elevando a taxa para 13,25% ao ano. O colegiado justificou a alta dos juros pela persistência do cenário adverso para a convergência da inflação, destacando a desancoragem das expectativas de inflação, a elevação das projeções de inflação, a resiliência na atividade econômica e as pressões no mercado de trabalho.
Em uma decisão unânime, o Comitê de Política Monetária ( Copom ) elevou a taxa básica de juros ( Selic ) em 1,25 ponto percentual, para 12,25% ao ano. O Copom sinalizou que antecipa, em cenário esperado, um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião, elevando a taxa para 13,25% ao ano. Este movimento já havia sido indicado pelo colegiado em dezembro.
\O Copom justificou a alta dos juros pela persistência do cenário adverso para a convergência da inflação, destacando a desancoragem das expectativas de inflação, a elevação das projeções de inflação, a resiliência na atividade econômica e as pressões no mercado de trabalho. O colegiado ressaltou que a magnitude total do ciclo de aperto monetário dependerá do firme compromisso de convergência da inflação à meta e da evolução da dinâmica da inflação, especialmente dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.\O Copom também afirmou que o ambiente externo permanece desafiador devido à conjuntura e à política econômica dos Estados Unidos, o que gera incerteza sobre os ritmos da desaceleração e da desinflação. O comitê observou que os bancos centrais das principais economias se mantêm determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Copom avalia que o cenário externo exige cautela por parte de países emergentes.\O Copom destacou que o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado dinamismo, enquanto a inflação e as medidas subjacentes se mantiveram acima da meta para a inflação e registraram novas elevações nas divulgações mais recentes. O colegiado ainda avalia que persiste uma assimetria altista no balanço de riscos para os cenários prospectivos de inflação. O comitê alterou os riscos mencionados no comunicado em relação ao divulgado na reunião de dezembro, destacando como os impactos sobre o cenário de inflação de uma eventual desaceleração da atividade econômica doméstica mais acentuada do que a projetada e um cenário menos inflacionário para economias emergentes decorrente de choques sobre o comércio internacional e sobre as condições financeiras globais são fatores que precisam ser acompanhados. Entre os riscos altistas, o Copom manteve os três itens mencionados anteriormente: a desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado, a maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais positivo e uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário maior que o esperado, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada.
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