Enfrentamento ocorreu quando cocaleiros tentavam furar um bloqueio militar em uma ponte; ex-presidente condenou ‘massacre’
O ex-presidente ainda classificou como “ditadura” o governo da presidente interina Jeanine Áñez, citando também os opositores Carlos Mesa e Luis Fernando Camacho. “Para justificar o golpe, Mesa e Camacho nos acusaram de ‘ditadura’. Agoram sua ‘presidenta’ autoproclamada e seu gabinete de advogados defensores de violadores e repressores, massacra o povo com as Forças Armadas e a polícia como a verdadeira ditadura”, comentou.
Os detalhes do confronto estavam incertos, mas o estudante universitário Emeterio Colque, de 23 anos, disse que as vítimas foram mortas a tiros, versão confirmada por outras testemunhas. Nelson Cox, da Defensoria do Povo de Cochabamba, pediu investigação para apurar responsabilidades. De acordo com o governo, dez pessoas morreram desde o início da crise, provocada pelas contestadas eleições de 20 de outubro.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos condenou em um comunicado o “uso desproporcional da força policial e militar”, enquanto confirmou os cinco mortos. A CIDH informou ainda que “as armas de fogo devem estar excluídas dos dispositivos utilizados pelo controle dos protestos sociais”. O comandante da polícia de Cochabamba, por sua vez, acusou os manifestantes de portar armas de fogo, bombas caseiras e coquetéis molotov. “Estão usando dinamite e armamento letal como Mauser 765. Nem as forças armadas, nem a polícia têm esse calibre, por isso estou alarmado”, disse o coronel Jaime Zurita.
Pedimos a las FFAA y a la Policía Boliviana que paren la masacre. El uniforme de las instituciones de la Patria no puede mancharse con la sangre de nuestro pueblo.
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