Uma ação de desocupação num prédio em Granada terminou com uma violenta briga entre ocupantes e trabalhadores da empresa, resultando em feridos e um detido. A polícia interveio após a escalada de violência, que incluiu o lançamento de garrafas de vidro.
Uma dezena de pessoas de uma empresa de desokupação chegou ao número 14 da rua de Azakayas, no centro de Granada , por volta das 09:00 da manhã desta segunda-feira. Pelo menos uma dezena de pessoas ocupavam a habitação desde princípios de dezembro de 2024, segundo alguns moradores. A empresa não conseguiu expulsar os ocupantes, mas os trabalhadores permaneceram na porta do edifício. A manhã decorreu com certa tranquilidade e sem a presença de qualquer membro das forças de segurança.
À medida que o dia avançava, os ocupantes lançaram água e provocaram aqueles que pretendiam desalojá-los, mas não houve incidentes maiores. Por volta das 14:00, a Polícia Nacional chegou e, quando tudo parecia tranquilo, um incidente entre os ocupantes e aqueles que pretendiam expulsá-los provocou uma briga que levou à intervenção dos agentes antidistúrbios. A confusão terminou com pelo menos um detido e quatro membros da empresa — AMA Desokupa — feridos. O edifício ocupado abrigava, até há alguns anos, dependências da Junta de Andalucía, concretamente da Consejería de Presidencia e Igualdade. O edifício foi adquirido por um particular que não o utilizava. Em dezembro começou a ocupação. Moradores de um edifício adjacente admitiram a este jornal que desconheciam que o edifício abrigasse pessoas. O responsável do Hostal Atenas, situado justo em frente, já se tinha queixado do ruído que ocasionalmente faziam e que tinha provocado queixas dos seus clientes. Os ocupantes foram imediatamente apoiados por mais de 100 pessoas que se aglomeraram junto ao edifício desde primeiras horas da manhã. O incidente que provocou a carga policial ocorreu depois de, desde um terraço do edifício, de mais de 1.100 metros quadrados e três andares e sótão, terem lançado água e algumas garrafas de vidro para os encarregados do desalojamento. Estes encontravam-se na porta do edifício e debaixo de cada um dos terraços para impedir que ninguém entrasse pela rua nem lhes fornecessem comida. Este facto provocou que aqueles que apoiavam os ocupantes expulsassem os da empresa e eles posicionassem-se na porta. Ali começou uma briga que terminou com os agentes entrando para acabar com a discussão. As garrafas atiradas desde o terraço feriram um par de membros da empresa, semelhante a outras empresas como a Desokupa, a empresa dirigida pelo ultraderechista Daniel Esteve. A partir da briga, a polícia acordonou a rua, embora no início tenha permitido que estivessem dentro do cordão jornalistas e a empresa de desokupação. Passado algum tempo, apesar da queixa da imprensa, expulsaram os meios de comunicação, mas não os membros da AMA Desokupa, que ficaram com total liberdade de movimento, entrando e saindo do cordão policial já que no final da tarde a ocupação continuava
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