Manifestações de petistas e bolsonaristas são alvo de polêmicas em Manaus, São Paulo e Recife
As bandeiras de cunho político estão no centro de uma polêmica na reta final para o segundo turno das eleições. Quem as expõe nas janelas de casa está sujeito a proibições pelas regras do condomínio e, até mesmo, a sofrer retaliação de um opositor político. Em Manaus, xingamentos e ameaças ganharam vez dentro de um prédio.
— Apesar de estarmos tratando da bandeira do Brasil, nesse contexto ela está sendo usada para uma simbologia política. Ainda que seja a bandeira do país, terá que ser submetida às normas de regulação da propaganda eleitoral, que não permite que elas excedam o tamanho de meio metro quadrado.
Para Talita Caldas, apoiadora do candidato a reeleição Jair Bolsonaro e também moradora de Recife, a causa dos bolsonaristas não é uma “vaidade ideológica”, mas justamente “o Brasil”. Talita se candidatou a deputada estadual em 2018, filiada ao PL, e não conseguiu se eleger. Em resposta, outro morador também fez uma denúncia. “Um dia colocamos uma toalha por conta da claridade na TV, que estava na varanda. A toalha era vermelha. Em dez minutos tocou o interfone para tirar e, por mera coincidência, ao sairmos às 6h, o pneu estava com um parafuso totalmente seco.”
Uma moradora do prédio que não quis ter seu nome revelado por questões de segurança relata que a multa para quem permanecer com as bandeiras estendidas é de R$ 400, praticamente o valor do condomínio, que custa R$ 500. Na tentativa de não receber a multa, ela conta que retirou sua bandeira do candidato Lula do lado de fora e a colocou “como uma cortina”, do lado de dentro de casa. Nesta sexta-feira, no entanto, ela achou melhor retirá-la de lá.