Estudo do FGV Ibre sugere que solução passa por desenvolver mercado de trabalho
A concentração de riqueza nos estratos mais altos está restringindo a redução da pobreza, que permanece alta nas capitais do Brasil.
“Observamos uma grande dispersão tanto em termos de renda quanto em termos de indicadores sociais nas capitais brasileiras”, afirma Flávio Ataliba, coordenador do Centro de Estudos para o Desenvolvimento do Nordeste do FGV Ibre. O levantamento mostra a pobreza como reflexo do nível de renda. Nas capitais do Norte e Nordeste predominam proporções da população em situação de pobreza e pobreza extrema.
Quando se olha para o rendimento do trabalho, as capitais do Sudeste e do Sul são as que possuem os maiores valores. Na capital catarinense, o valor médio é de R$ 5.455. Em seguida vêm Vitória e Rio . Aquelas com menores rendimentos médios são Maceió , Recife e Rio Branco . Das dez capitais brasileiras com maiores taxas de desocupação, sete estão no Nordeste. A mesma proporção vale para o percentual de informalidade, ainda que as que apresentam nível mais elevado sejam São Luís , Belém , Teresina e Manaus .“Existe uma correlação importante entre rendimento do trabalho e renda domiciliar per capita.
“ mostram o desafio que gestores terão nessas capitais ao procurar alternativas produtivas para expandir o emprego formal. Programas de assistência social e aposentadorias chegam ao seu limite, especialmente em termos fiscais. Por outro lado, o empreendedorismo em alta mostra que as pessoas estão buscando alternativas produtivas próprias.”
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