Insistência em quarto mandato e existência de setores que 'viraram as costas' para o presidente ajudam a explicar a renúncia deste domingo, segundo analistas e pessoas próximas ao governo
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Mas, em 2016, ocasião do plebiscito que Morales convocou para saber se os bolivianos queriam que ele buscasse seu quarto mandato seguido, o respaldo da população foi inferior aos 50% — ainda assim, alto, observaram ministros do seu governo, para alguém que estava havia tanto tempo no poder. "Os interesses econômicos pesaram muito. Camacho prometeu de tudo para eles", disse Arce, pelo telefone, referindo-se ao líder opositor Luis Fernando Camacho, que já foi chamado de"Bolsonaro boliviano" por seus discursos de cunho religioso.No domingo, o comandante das Forças Armadas, Williams Kaliman, pediu a Morales que renunciasse"diante da escalada do conflito" e para"permitir a pacificação do país".
A COB é uma entidade histórica no país, a principal central sindical boliviana, que reúne vários sindicatos e se manteve fiel a Morales desde que ele chegou ao palácio presidencial Quemado. "O apoio que Evo tinha em diferentes setores foi minando por suas próprias medidas, como no caso do Tipnis", afirmou o analista político e econômico Javier Gómez, do centro de estudos Cedla, de La Paz.Mas as manifestações que acabaram gerando sua renúncia contaram, principalmente, com a participação dos jovens. Universitários, estudantes do secundário que acabaram convencendo também aos seus pais que deveriam ir para as ruas.
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