Como Brics passou a ser visto como ‘bloco antiocidental’ - e qual o impacto para o Brasil

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Bloco enfrenta desafio de balancear interesses diversos de todos os novos membros, dominância da China e Rússia e dois grandes conflitos.

Chefes de Estado do Brasil, China, África do Sul e Índia e o chanceler russo em encontro do Brics de 2023foi fundado sob a premissa de que as instituições internacionais eram excessivamente dominadas por potências ocidentais e haviam deixado de servir aos países em desenvolvimento.

Ao mesmo tempo, analistas temem que a expansão do bloco, com a entrada de quatro novos membros no início do ano e a possibilidade de novas incorporações, possa reforçar ainda mais a heterogeneidade do grupo e dificultar o consenso para alcançar novos objetivos.A Arábia Saudita também foi anunciada como um dos novos membros, mas ainda não concretizou os trâmites para se juntar oficialmente.

Com a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022 e o consequente apoio de EUA e Europa ao governo de Volodymyr Zelensky, especialistas veem cada vez mais o conflito se transformando em uma “guerra por procuração” entre as potências ocidentais e a Rússia. Para Rubens Barbosa, presidente do Instituto de Relações Internacionais e Comércio Exterior e ex-embaixador do Brasil em Londres e em Washington , a entrada de novos membros no bloco tem o potencial de reforçar ainda mais essa visão.

Segundo o diplomata, essa orientação tende a ficar mais visível em pautas como a busca por reforma nos organismos internacionais, a desdolarização da economia e a contestação de sanções unilaterais.Paulo Velasco, professor de Política Internacional da Universidade do Estado do Rio de Janeiro , vê no Brics uma postura cada vez mais revisionista da ordem vigente.

Mas o posicionamento antiocidental do Brics parece já ter gerado incômodos, que alguns analistas veem manifestados pela demora na entrada formal da Arábia Saudita no bloco. Para Rubens Barbosa, ao mesmo tempo em que o grupo mostra tendências mais anti-Ocidente, também parece estar cada vez mais difuso.

Além do conflito de interesses latente entre Arábia Saudita e Irã, Patrick cita os conflitos entre China e Índia em suas fronteiras e a competição entre as duas nações por influência no Oceano Índico como exemplo desses desencontros. Em agosto do ano passado, o criador do termo Bric , o economista britânico Jim O’Neill descreveu o anúncio de

Ao mesmo tempo, Shidore acredita que com mais vozes na mesa os Brics podem expandir mais sua influência e poder de barganha. “O Brasil não vai se juntar a esse movimento e vai conseguir manter uma posição de equidistância”, avalia.O Brasil era historicamente contrário à ampliação do Brics. E divergências já haviam surgido durante a cúpula de 2023, realizada na África do Sul, quando China e Rússia pressionaram pela entrada dos cinco novos integrantes.

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