Saída do presidente boliviano renova as esperanças da oposição venezuelana na luta contra o governo de Maduro, aliado histórico de Morales
O líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, saudou, por sua vez, a"brisa democrática que vem da Bolívia" e renovou seus apelos para a população participar de um grande protesto nacional contra Maduro em 16 de novembro.
Gunson também enfatiza que a renúncia de Morales aconteceu no momento em que"o governo venezuelano percebeu que o efeito Guaidó estava começando a se esvair", algo já identificado por algumas das poucas pesquisas de opinião realizadas na Venezuela.
Gunson sugere que"a leitura feita pela liderança da oposição do que aconteceu na Bolívia será fundamental", uma vez que eles podem concluir que"pode valer a pena disputar uma eleição, mesmo que seja para perder e usá-la depois como alavanca para chegar ao governo". Por outro lado, diz Ramsey,"será fundamental que a própria oposição boliviana consiga manter a unidade, já que estamos vendo diferenças entre Carlos Mesa e Luis Fernando Camacho "."Se houver uma caça às bruxas e proibirem o Movimento ao Socialismo, de Morales, de apresentar candidatos para novas eleições, isso favorecerá a tese da ala dura do chavismo.
Enquanto a economia venezuelana perdeu mais da metade de seu valor desde que Maduro chegou ao poder em 2013, a economia da Bolívia cresceu durante os governos de Morales a uma média de 4,8% ao ano. E agora, junto com o Chile, onde protestos em massa abalaram o governo de Sebastián Piñera, o país mostra que"o desenvolvimento favorece o surgimento de uma classe média cujas expectativas não foram atendidas".
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