Preços acumularam alta de 29,3% entre janeiro e maio, e de 60,7% para o período maio 2021-maio 2022, uma das mais altas do mundo
Para comprar um terreno, um carro ou alugar uma casa, os argentinos fazem suas contas em dólares, traumatizados por crises econômicas recorrentes e atormentados pela inflação que corrói o poder de compra e, segundo as projeções, pode superar 60% este ano.
Na terça-feira, a cotação 'blue', que se compra no mercado negro, alcançou um novo máximo de 236 pesos por dólar, enquanto a taxa 'oficial' é de 130 pesos, em meio às expectativas de desvalorização e remarcações de preços, e em coincidência com o pagamento de gratificações aos assalariados, que recorrem ao dólar para se proteger da inflação.
A inflação acumulou 29,3% entre janeiro e maio, e foi de 60,7% para o período maio 2021-maio 2022, uma das mais altas do mundo. Na visão particular de um 'arbolito', seu trabalho "é um serviço para a comunidade, porque, para as pessoas, é mais rentável fazer câmbio nas 'cuevas' do que nos bancos". "É parte da normalidade no país", afirmou.