Coluna | Quedas de Cintra e Levy mostram que ministro da Economia tende a rifar os seus em detrimento do bom convívio com Bolsonaro. por anaclaracosta
O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem dado mostras frequentes de que poucas coisas importam mais do que o bom convívio com o presidente Jair Bolsonaro. Suas declarações nada elegantes sobre a primeira-dama francesa, Brigitte Macron, foram a demonstração mais extrema de que ele não tem o intuito de medir atos ou palavras em sua cruzada para continuar sendo depositário da confiança de Bolsonaro.
Mas as quedas de Joaquim Levy do BNDES e de Marcos Cintra da Receita indicam o mesmo movimento. Em ambos os casos, Guedes não se articulou para defender seus subordinados da artilharia vinda do Planalto. Deixou-os sozinhos na trincheira e lavou as mãos. No caso de Levy, que foi trucidado publicamente pelo presidente antes de pedir demissão, a postura de Guedes foi concordar com Bolsonaro — mesmo nos bastidores.
Que o ministro Paulo Guedes tenha por estratégia esquivar-se da ira do presidente para conseguir trabalhar em paz, parece inteligente. Mas se isso implicar em rifar todos de sua equipe que venham, no futuro, a ter ideias que confrontem às do Palácio do Planalto, é possível que Guedes termine seu mandato não mais como superministro — mas como um sobrevivente.
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