Ministros do tribunal não mandaram investigar produção do documento pelo Ministério da Justiça
Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal proibiu que o Ministério da Justiça produza dossiês sobre a vida de servidores públicos. Os ministros deram declarações duras contra bisbilhoteiros do poder público que invadem a esfera das escolhas políticas e pessoais de cidadãos comuns. A decisão, porém, trouxe um detalhe que passou batido.
Teve ministro que sequer mencionou o assunto. Outros colocaram o advento do dossiê na conta de Sergio Moro, dando a entender que o documento foi produzido na gestão anterior, e não na nova administração do Ministério da Justiça, inaugurada em abril com André Mendonça.
“Nós não podemos fazer injustiças com pessoas que dedicam a vida pública ao Estado brasileiro de maneira correta”, falou Toffoli sobre Mendonça. “Há muitas pessoas que, às vezes, aparecem na imprensa bem na foto, mas são péssimas na vida pública, criando fundos para administrarem, criando inimigos políticos para depois serem candidatos, afastando as pessoas da vida pública e querendo galgar depois eleições futuras.
As meias palavras de Toffoli e a atitude do plenário de não sugerir investigação contra a gestão atual do Ministério da Justiça revelou o que estava restrito aos bastidores: na Corte, o clima é de “já ganhou” para a nomeação de Mendonça como ministro do Supremo. A vaga será aberta em novembro, com a aposentadoria de Celso de Mello.Claro, a opinião dos ministros não é decisiva para a escolha do substituto da cadeira.
Se a relação do mandatário com o Supremo é conturbada, em muitas ocasiões coube a Mendonça fazer interlocução com os ministros, numa espécie de “deixa disso”. Caso seja nomeado para a Corte, a chance de pacificação entre os dois vértices na Praça dos Três Poderes aumenta.
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