A Confederação Nacional da Indústria (CNI) antecipa que o Banco Central manterá uma política monetária contracionista até meados de 2025, com expectativa de redução da taxa básica de juros somente no segundo semestre. O Copom, em sua última reunião do ano, elevou os juros em 1 ponto percentual, levando a taxa Selic para 12,25%. A CNI projeta um crescimento do PIB de 3,5% em 2024, acima da estimativa do Ministério da Fazenda, e de 2,4% em 2025.
A Confederação Nacional da Indústria ( CNI ) prevê que o Banco Central manterá uma política monetária contracionista pelo menos até meados de 2025. A entidade espera a redução da taxa básica de juros somente a partir do segundo semestre de 2025, em setembro. No último encontro do ano, o Comitê de Política Monetária ( Copom ) do Banco Central elevou os juros em 1 ponto percentual, levando a taxa Selic para 12,25%.
A CNI projeta que a taxa Selic fechará 2025 em 12,75%, 0,5 ponto percentual acima do patamar ao fim de 2024. Nesse cenário, as concessões de crédito devem crescer 7,1%, menos do que em 2023. O Copom, no comunicado, voltou a anunciar um guidance para as próximas reuniões. Segundo o comitê, a Selic deve subir mais 1 ponto nas próximas duas reuniões, em janeiro e março de 2025. Com essa expectativa, no final do primeiro trimestre do próximo ano, os juros estarão em 14,25% ao ano. O Copom não sinalizou quando será o ponto final do ciclo de alta. 'A alta dos juros deve conter o consumo e os investimentos, devido à menor concessão de crédito; mas há outros fatores, como a evolução mais lenta do mercado de trabalho, depois de três anos bastante positivos; e a redução do impulso fiscal, ou seja, as compras dos governos federal, estaduais e municipais', afirma o presidente da CNI, Ricardo Alban. A CNI projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve crescer 3,5% em 2024. O número está acima da estimativa divulgada pelo Ministério da Fazenda, de 3,3%. Entre os indicadores que contribuíram para o resultado, estão o desempenho do mercado de trabalho, a expansão fiscal e o aumento das concessões de crédito. Para 2025, a estimativa da CNI é de que a economia brasileira cresça 2,4%. Já o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar o ano em 4,8%, acima da meta da inflação, que é de 3%, podendo chegar a 4,5% com o intervalo de tolerância. Para 2025, a CNI calcula que a inflação vai baixar para 4,2%
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