Herança do colonialismo mantém clãs no poder Brasil afora geração após geração
Pouco após a chegada dos portugueses, a Coroa decidiu repartir o território brasileiro em 15 capitanias hereditárias, cuja posse, por determinação do rei, era transmitida de pai para filho.
Mas Patrícia não é a única Gomes de Aguiar a ilustrar os santinhos que serão espalhados pela cidade. Ela faz parte de uma família que administra a localidade no sertão cearense há pelo menos um século. A história recente dos Gomes de Aguiar é marcada pela relação conturbada com outro clã cearense, dos Ferreira Gomes, de Sobral , que tem os irmãos Ciro e Cid Gomes como principais expoentes. Domingos Filho foi vice de Cid no governo do estado, mas rompeu com o aliado ao fim da gestão.
Valério Coelho teve 16 filhos, oito homens e oito mulheres. Da linhagem, veio um bisneto chamado Clementino de Souza Coelho, conhecido como Coronel Quelê, que sempre manteve influência política na região e chegou a ocupar o cargo de subprefeito de Petrolina duas vezes, em 1913 e em 1927. O poder do clã que domina a cidade paraibana de Patos, a 303 quilômetros de João Pessoa, tem origem a um oceano de distância dali. O município de 103 mil habitantes é administrado há séculos por descendentes da família Wanderley, oriunda da época da ocupação do Nordeste por tropas holandesas no século XVII.
Nas décadas seguintes, outros sete representantes da família ocuparam o cargo mais alto do executivo municipal: Clóvis Sátyro e Sousa , Darcílio Wanderley de Nobrega , Nabor Wanderley da Nóbrega , que é avô de Hugo, Dinaldo Medeiros Wanderley , Nabor Wanderley da Nóbrega Filho e Dinaldo Medeiros Wanderley Filho .
A nova geração dos Albuquerques, contudo, levou as desavenças familiares para a política e estarão em lados opostos nas eleições deste ano. A atual prefeita é Aline Albuquerque , que tentará a reeleição à revelia do irmão, o deputado federal Antonio José Albuquerque , conhecido como AJ Albuquerque. Ele também comandou o município entre 2016 e 2018 e apoiará um rival de Aline na disputa de outubro.
Essa, porém, não é a primeira vez que a família se dividiu numa disputa eleitoral. Em 2020, Aline concorreu contra o próprio tio, Jacques Albuquerque, irmão de Zezinho, que na época comandava o município e tentava a reeleição. O racha, contudo, não impediu que a prefeitura continuasse nas mãos dos Albuquerque até hoje.
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