‘Chegamos perto de fazer a intervenção no câmbio', diz Campos Neto em entrevista exclusiva

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‘Chegamos perto de fazer a intervenção no câmbio', diz Campos Neto em entrevista exclusiva
Roberto Campos Neto
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Em conversa com a colunista Míriam Leitão, presidente do BC revela que uma intervenção no câmbio foi cogitada, mas rejeitada pela diretoria para conter alta do dólar. Para ele, cenário internacional melhorou

Em conversa com a colunista Míriam Leitão, presidente do BC revela que uma intervenção no câmbio foi cogitada, mas rejeitada pela diretoria para conter alta do dólar. Para ele, cenário internacional melhorouO presidente do Banco Central, Campos Neto, revela em entrevista exclusiva que o BC cogitou intervir no câmbio para conter alta do dólar, mas optou por não fazê-lo. Destaca o cenário internacional e a coesão da equipe.

A gente sempre disse que se fosse necessário subir os juros, subiria, mas não lembro de ter falado de alta de juros. O mercado já vinha colocando um pouco de expectativa de alta na curva. Mas não depende só do mercado, precisa olhar o cenário daqui para frente. A economia está forte, parte do mercado de trabalho está forte, a inflação em 12 meses bateu 4,5%, mas vai cair um pouco, e os próximos números vão ser melhores.

O mundo saiu de uma sincronia de política monetária para uma não sincronia. Precisa observar como é que isso vai se dar nos EUA. O mercado está muito volátil. Tem uma tese de que a inflação aqui está sendo realimentada por uma atividade forte, por um emprego forte. É verdade? Vamos olhar. E, de novo, não é decisão só minha. Discutimos com o diretor de Política Monetária, com pessoas da mesa, a gente falou com outros diretores. Foi uma decisão colegiada.

A gente diz, fizemos um negócio aqui, deu ruído grande, entendemos o ruído. Não foi pela divisão em si, foi pela percepção de que a divisão poderia ter sido política. Vamos consertar. Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, concede entrevista ao jornal O GLOBO — Foto: Maria Isabel Oliveira/Agência O Globo

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, concede entrevista ao GLOBO — Foto: Maria Isabel Oliveira/Agência O Globo Hoje eu teria feito diferente. O voto é um ato privado. Não acho que seria surpresa , as pessoas não achariam que eu não ia votar desta forma. Teria feito diferente, mas acho que, no fim das contas, a autonomia e a independência se fazem pelo que eu fiz ao longo do tempo no Banco Central. Fizemos a maior alta de juros em período eleitoral dos países emergentes.

A gente discute, sou amigo pessoal dele. Foi uma coisa que foi totalmente tirada do contexto e foi colocada uma roupagem política que não houve. Por que eu posso fazer em Mato Grosso e não em São Paulo, só porque o Tarcísio é candidato a presidente? Porque eu tenho certeza de que ele vai passar pela mesma coisa que eu passei. Porque no mundo polarizado isso tende a acontecer.

Como é a sua relação com Gabriel Galípolo ou com Paulo Picchetti, que também foi indicado pelo presidente Lula, e viaja muito com você, porque é diretor da área Internacional? Como é no dia a dia? Como vê a conjuntura do país? As previsões do PIB estão se aproximando de 3%. No ano passado teve um descolamento entre a previsão e o que realmente aconteceu.

“Não quero estar no mundo público, eu quero estar no mundo privado. Provavelmente eu vou fazer alguma coisa que mistura tecnologia e finanças, que é o que tem me interessado” Essa é uma grande pergunta, porque é onde a gente tem uma discordância muito grande no âmbito internacional, que é qual é a extensão do seu mandato. Não influencia só alimento, influencia energia, influencia logística, Influencia tudo o que influencia preços. Pode influenciar através da estabilidade do sistema financeiro. A gente viu que a gente teve que ajudar as instituições financeiras no Rio Grande do Sul recentemente.

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