O novo Censo Demográfico revelou que a maioria da população indígena no Brasil reside em áreas urbanas.
A população indígena no Brasil é mais urbana do que rural, de acordo com o Censo Demográfico 2022. Nesta quinta-feira (19), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou novos dados sobre os povos indígenas, incluindo informações sobre a situação e localização de seus domicílios. O Censo mostrou que 53,97% dos indígenas residentes no Brasil em 2022 viviam em áreas urbanas, totalizando 914,75 mil indivíduos.
Já 780,09 mil moravam em áreas rurais, o que representa 46,03% do total. No Censo anterior, realizado em 2010, 324,83 mil indígenas viviam em áreas urbanas (36,22%) e 572,08 mil em áreas rurais (63,78%). O IBGE admite que o levantamento de 2022 contou com aprimoramentos no mapeamento de localidades indígenas, o que explica o crescimento de 88,96% na população indígena em 12 anos. O Censo revelou que o salto foi de 896.917 em 2010 para 1.694.836 em 2022. Os novos dados mostram que os aperfeiçoamentos no último levantamento geraram um mapeamento mais preciso, especialmente dos indígenas que vivem em áreas urbanas, com um aumento de 181,6% entre 2010 e 2022. Por região, o Sudeste tem o maior percentual de população indígena em áreas urbanas (77,25%), seguido pelo Nordeste (62,3%). A população indígena rural é mais forte no Centro-Oeste (62,05%) e no Sul (58,2%). No Norte, o equilíbrio é mantido, com metade dos indígenas vivendo em áreas urbanas e a outra metade em áreas rurais. O Censo Demográfico, realizado a cada dez anos, é a única pesquisa domiciliar que abrange todos os municípios do país. As informações coletadas são importantes para a elaboração de políticas públicas e decisões sobre a alocação de recursos financeiros
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