A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro contra os policiais civis Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister.
A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro contra os policiais civis Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando de Brito Meister. Agora, eles viraram réus por homicídio duplamente qualificado — por motivo torpe e sem dar chance de defesa à vítima — do adolescente João Pedro Matos Pinto, de 14 anos, em 18 de maio de 2020, no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.
A investigação afirmou, ainda, que os policiais produziram marcas de disparos de arma de fogo junto ao portão da garagem do mesmo imóvel – tudo para se eximirem da responsabilidade criminal. Na denúncia, o MP também pediu a proibição de manter contato com testemunhas e de acessar as dependências de qualquer unidade da Polícia Civil. Todos os pedidos foram concedidos na decisão de quarta.
O MP assinala, ainda, que mesmo sem que houvesse qualquer reação armada ou resistência, a conduta dos policiais dificultou a defesa da vítima, já que os agentes denunciados entraram de surpresa no terreno e tinham "ampla e irrestrita superioridade de meios e recursos". Analisando o posicionamento dos policiais e de João Pedro, os peritos chegaram à conclusão de que o tiro pode ter partido das armas de dois deles: o comissário Mauro José Gonçalves e o inspetor Maxwell Gomes Pereira. No entanto, como os três agentes atiraram dentro do imóvel, os promotores entenderam que todos contribuíram para a morte do adolescente.
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