Caso Anic: crime teve corpo concretado, falso policial e resgate em bitcoins; conheça os detalhes
Última viagem. Antes de desaparecer, Anic visitou um parque aquático em Balneário Camboriú com o marido e amigos — Foto: ReproduçãoO caso de Anic envolve um crime intrigante com elementos de sequestro, resgate em bitcoins e reviravoltas. O assassino confesso sepultou o corpo da advogada na garagem de sua casa. A polícia prendeu suspeitos, incluindo familiares do criminoso, e investiga detalhes do caso.
A advogada é casada com o professor Benjamim Cordeiro Herdy, de 78 anos, um dos sete filhos do falecido empresário José de Souza Herdy, fundador de um complexo educacional em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que deu origem à universidade Unigranrio, vendida pela família para outro grupo de educação em 2021.
Já Maria Luíza teria emprestado o nome ao pai para emplacar uma picape, comprada por Lourival por R$ 500 mil em espécie, no dia 11 de março, data em que a família de Anic pagou o resgate — no mesmo dia, ele também comprou uma motocicleta no valor aproximado de R$ 30 mil.
Apesar de o desaparecimento de Anic ter ocorrido em 29 de fevereiro, um parente registrou a ocorrência apenas em 14 de março. A demora teria se dado por medo, já que, nos contatos, um dos sequestradores avisou que estava monitorando o marido de Anic em tempo real e chegou, inclusive, a descrever as roupas usadas por ele no momento da ligação, além do cômodo da casa em que Herdy se encontrava.
Segundo a defesa, desde o início a intenção era o homicídio da vítima, e que a narrativa do sequestro fazia parte do plano. Lourival diz que agiu mediante ordem do mandante. Ele admitiu que tinha um relacionamento com Anic. O réu escreveu uma carta no cárcere contando detalhes do crime. Este documento está com a advogada Flávia Fróes.
Na última quarta-feira, Lourival confessou ter matado, sepultado e concretado o corpo da advogada na garagem da própria casa dele. A confissão do crime e a indicação do local foram dadas em depoimento na 2ª Vara Criminal de Petrópolis. Ele assumiu que o corpo estaria envolvido em plástico e concretado em parte da sapata da construção da garagem.
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