As torcedoras gremistas Nicolli e Juliana se casaram no último domingo (3)
As torcedoras gremistas Nicolli e Juliana No último domingo, as torcedoras gremistas Nicolli e Juliana protagonizaram uma cena inédita na Arena do Grêmio, em Porto Alegre, no intervalo do Gre-Nal: o pedido de casamento entre um casal homoafetivo. A cena sublinha a presença de torcedores LGBT nos estádios brasileiros. Curiosamente, Nicolli e Juliana torcem para o time que teve a primeira torcida gay do Brasil: a Coligay.
“A maior contribuição para as torcidas organizadas, para combater esse preconceito contra viado, usando um linguajar bem brasileiro, foi dar a cara para bater. Nós vivíamos uma ditadura. Fomos muito homens para entrar em um estádio e começar a pular, dançar e cantar para torcer pelo Grêmio. Tivemos a hombridade de ser o que somos e torcer pelo nosso time”, afirmou o cabeleireiro Sergio Cunha, um dos primeiros integrantes da torcida.
“Havia preconceito e vai haver sempre. Quando o presidente do Grêmio, Hélio Dourado, nos viu no estádio, ele ficou pasmo. Depois foi falar com a gente e nos apoiou nas excursões. Por outro lado, alguns torcedores olhavam ‘atravessado’ para a gente. Ficavam apavorados e não deixavam as crianças ficarem próximas. No interior, a gente descia na praça principal com uma banda.