Carta de Lula aos evangélicos deve estancar a perda de votos, diz articulador do manifesto
Um dos responsáveis pela elaboração da carta aos evangélicos, o ex-ministro Gilberto Carvalho afirmou nesta quarta-feira que a disseminação de “fake news” e o resultado de pesquisas de intenção de voto, que indicam o apoio majoritário de evangélicos ao presidente Jair Bolsonaro , fizeram com que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mudasse de ideia e apresentasse o manifesto aos cristãos.
Segundo Carvalho, o ex-presidente entendeu, nos últimos dias, que a disseminação de notícias falsas, como a de que, se eleito, fecharia igrejas, legalizaria o aborto, liberaria as drogas, criaria banheiros unissex nas escolas e implementaria a “ideologia de gênero” na grade curricular ganhou um peso que a campanha não esperava e tende a ter forte impacto eleitoral contra a candidatura.
“Ele [Lula] se sente muito mal de ter que ficar o tempo todo se justificando quando na verdade a prática dele em nada feriu os princípios da igreja”, afirmou o ex-ministro. O texto foi construído a várias mãos, entre elas as de Lula, Carvalho, de Eliziane Gama, da deputada federal eleita Marina Silva e do pastor Ariovaldo Ramos. O petista fez questão que o texto deixasse claro as medidas que tomou quando esteve na Presidência, como a reforma do Código Civil, que assegura a liberdade religiosa, o decreto que cria o dia da Marcha para Jesus e o Dia Nacional dos Evangélicos.