O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, ameaça uma resposta 'robusta' caso Donald Trump siga com a imposição de tarifas de 25% ao Canadá. O México, por sua vez, pede 'cabeça fria' enquanto mercados internacionais se mostram apreensivos com as consequências de um conflito comercial que pode afetar a economia global.
O primeiro-ministro do Canadá , Justin Trudeau , emitiu um alerta contundente nesta terça-feira, 21 de fevereiro, sobre uma resposta 'robusta' caso Donald Trump , presidente dos Estados Unidos , prossiga com a imposição de tarifas de 25% ao Canadá . O aviso surge em meio à crescente tensão comercial entre os dois países, aliados no acordo T-MEC junto ao México .
Claudia Sheinbaum, presidente do México, apelou por 'cabeça fria' em meio à escalada de tarifas, enquanto os mercados internacionais se mostram apreensivos com as consequências de um conflito comercial que pode ter um impacto profundo na economia global. Trump, reiterando sua intenção de impor tarifas aos seus vizinhos norte-americanos, apesar do acordo de livre comércio que os une, anunciou que as novas tarifas entrariam em vigor a partir de 1° de fevereiro. Em resposta imediata, Trudeau afirmou que o Canadá 'responderá e está tudo sobre a mesa', garantindo uma reação 'robusta e rápida' e equivalente em volume, dólar por dólar, aos valores cobrados pelos Estados Unidos. O primeiro-ministro canadense, pronunciando-se em uma coletiva de imprensa, enfatizou que essas medidas 'terão um custo para os canadenses', mas assinalou que o governo está pronto para enfrentar todos os cenários para proteger os interesses nacionais. Apesar da postura firme, Trudeau expressou a esperança de convencer o governo Trump a não impor tarifas que, segundo ele, seriam prejudiciais aos cidadãos americanos.Sheinbaum, por sua vez, apelou por calma e racionalidade, afirmando que é necessário se referir aos decretos assinados e analisar o discurso com cautela. A presidenta mexicana destacou que o decreto de Trump instrui seu representante comercial a iniciar negociações para a revisão do tratado em 2026, processo previsto no acordo assinado. O T-MEC, que entrou em vigor em 2020, substituiu o NAFTA, estabelecido na década de 1990, e foi considerado por Trump como o 'melhor e mais importante acordo comercial já assinado pelos Estados Unidos'.A cláusula de revisão do acordo, prevista para 2026, permitiria aos países renegociar os termos do acordo, em um contexto de conflitos setoriais existentes entre os signatários, como o debate sobre o milho transgênico dos EUA com o México e os produtos lácteos canadenses com os Estados Unidos. Howard Lutnick, indicação de Trump para chefiar o Departamento de Comércio, sugeriu que empresas estrangeiras que busquem escapar das barreiras comerciais de Washington deveriam construir fábricas nos Estados Unidos e contratar americanos com salários altos. O texto auxilia a entender a complexa situação comercial entre os Estados Unidos, Canadá e México, highlightando os riscos de uma escalada de tarifas e a importância de uma solução pacífica que preserve o acordo T-MEC e a economia global
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