A proposta permite a manutenção do contrato da capital paulista com a empresa depois da desestatização
O projeto teve 36 votos a favor e 18 contrários na primeira votação. Para ser aprovado, precisa de maioria simples, com o apoio de ao menos 28 dos 55 vereadores, em duas votações. A Câmara Municipal fará audiências públicas até o fim do mês, antes da segunda e última votação, ainda sem data marcada para ser realizada.
A privatização da Sabesp é uma das principais bandeiras do governador do Estado, Tarcísio de Freitas , e tem o apoio do prefeito da capital e pré-candidato à reeleição, Ricardo Nunes . O governador pretende terminar o processo de privatização da Sabesp neste ano, antes da eleição municipal. Em dezembro, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou a privatização da Sabesp pelo governo do Estado.
A sessão foi marcada por protestos contra a privatização nas galerias da Câmara Municipal. Antes da discussão em plenário, foi realizada a segunda audiência pública para debater a privatização e também houve protestos. Em meio ao tumulto, uma pessoa foi detida. Da oposição, Carlos Gianazzi criticou a proposta. “O único avanço que tem nesse projeto é em cima do bolso dos munícipes, que vão pagar a conta dessa privatização. O que estamos vivendo é uma subserviência do prefeito ao governador Tarcísio, que vem com a sanha privatista”, afirmou.
“O que está por trás da água privatizada é a troca de apoio político. Este ano vai ter eleição. E o prefeito é capaz de fazer qualquer coisa para ter apoio político do Tarcísio. Mas essa troca de apoio não vale privatizar a água. Eles querem dar o controle da nossa empresa, do saneamento para a iniciativa privada, tirando do controle da população. O que está acontecendo é um crime contra o povo”, disse Luna.
Ricardo Nunes (Político) Privatização Alesp Mdb
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