Velejador, que estreia em Paris-2024 neste domingo, conta como conciliou medicina e kitesurf
Enfim, cheguei à Olimpíada. Não imaginava que seria o primeiro brasileiro a disputar o kitesurf nos Jogos Olímpicos. A estreia será em, dentre as classes da vela. Foi em 2018 que o Comitê Olímpico Internacional retirou a tradicional Finn do programa para incluir o kite. À época, eu já era o melhor do país. Mas o kite era hobby. Treinava em meio à faculdade.
Desde criança, meu sonho era disputar a Olimpíada. Não sabia em qual esporte, mas sonhava. Antes de ser médico, queria ser atleta profissional. Fui nadador — do estilo peito e de provas de 400m e 800m. Comecei cedo, com 5 anos. Treinava todos os dias, duas vezes ao dia, muitas vezes começava às 5h30, antes da escola. Conquistei medalhas em torneios regionais, cheguei à seleção brasileira de base e achava que nadaria na Olimpíada.
Foi difícil superar essa fase, mas resolvi me dedicar a outra paixão: a medicina. Profissão, aliás, que achava que exerceria após a carreira no esporte. Apliquei todo o foco e a determinação que o esporte me ensinou. Fiz cursinho, curso de redação, estudava de manhã e à noite. Antes, sentava no fundo da sala. Passei a ficar na primeira fileira.
Entre 2012 e 2017, conciliei os treinos e a faculdade . Como tinha aula integral, só treinava no fim do dia, muitas vezes saía da praia à noite. O equipamento ficava em uma carreta pequena, em casa. Bastava engatá-la à moto e seguir. Enchia o kite numa barraca de coco, com um compressor. O cara da barraquinha me ajudava a baixar o kite no final. Quando voltava para casa, à noite, estudava.
Sei que essa é a realidade de vários atletas. Mas foi muito duro. Só em 2022 passei a ter algum apoio da Confederação Brasileira de Vela para viagens, e apenas em 2024 o Comitê Olímpico do Brasil contratou um técnico . Entre os dez melhores do Mundial de 2023, eu era o único que treinava sozinho.
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