Um voo de deportação dos Estados Unidos para o Brasil, que chegou a Manaus no último sábado (25), revelou uma situação chocante: os brasileiros deportados estavam algemados e acorrentados. O governo brasileiro reagiu com indignação, exigindo explicações dos EUA e garantindo que as medidas necessárias serão tomadas para impedir que esse tipo de tratamento se repita.
O acordo entre Brasil e Estados Unidos prevê o retorno de brasileiros em situação irregular nos EUA, mas proíbe o uso indiscriminado de algemas e correntes. O objetivo do tratado, firmado em 2015 durante a presidência de Michel Temer e Donald Trump, era acelerar o processo de repatriamento de brasileiros detidos por entrada ilegal nos EUA, que já não possuíam possibilidade de recursos. O acordo também preconiza o tratamento digno e respeitoso desses indivíduos.
No entanto, um voo que chegou a Manaus no último sábado (25) revelou uma situação alarmante: os brasileiros deportados estavam algemados e acorrentados. O governo brasileiro reagiu com indignação, exigindo explicações dos EUA e ordenando a remoção imediata das algemas. O caso foi relatado ao presidente Lula, que instruiu o envio de um avião da FAB para transportar os brasileiros de volta a Belo Horizonte. Embora o governo brasileiro tenha afirmado que está recolhendo informações para investigar o ocorrido e garantir que essa situação não se repita, especialistas apontam para a necessidade de ações mais contundentes. Protestos à Corte Interamericana de Direitos Humanos e à OEA são apontados como alternativas, mas o governo brasileiro se mostra cauteloso para não comprometer as relações bilaterais com os EUA. A situação levanta preocupações sobre o tratamento dado aos brasileiros deportados e sobre a aplicação do acordo firmado entre os dois países. Dados revelam que, em 2022, o número de brasileiros deportados pelos EUA via aeronaves fretadas pelo governo americano aumentou em 15% em comparação com 2021
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