O retorno de Trump à Casa Branca e o cenário climático global são temas abordados, mas o foco principal é a potencial liderança do Brasil na restauração florestal. O texto destaca a importância dos esforços nacionais, a iniciativa privada e o potencial econômico da área.
O impacto do retorno de Donald Trump à Casa Branca é inegável. As medidas tomadas já na posse prenunciam tempos de mudanças em múltiplas áreas, com ampla repercussão, dada a importância dos Estados Unidos. Em 2025, o futuro dependerá das nossas decisões, tanto recentes quanto do passado. O final infeliz da COP29 no Azerbaijão, em novembro passado, demonstra nossa incapacidade de reverter o cenário de degradação do planeta.
Enquanto isso, a natureza arde em labaredas na Califórnia, em mais um grave episódio de extrema desordem climática. O ano passado foi o mais quente da história, e o Fórum Econômico Mundial reuniu-se em Davos para debater os desafios de construir um futuro melhor. No final deste ano, em Belém, teremos outro teste com a COP30. A nomeação de André Corrêa do Lago como presidente da conferência e de Ana Toni como CEO e diretora-executiva é um bom sinal, embora um tanto atrasado. Em meio a sobressaltos, retrocessos, frustrações e muita retórica, os esforços nacionais de redução de emissões, assim como o desenvolvimento de soluções tecnológicas e científicas para descarbonizar a economia, continuam relevantes. O Brasil pretende reduzir suas emissões líquidas de gases de efeito estufa em até 67% até 2035, em comparação com os níveis de 2005. O país também reforçou, em sua NDC (compromissos assumidos no Acordo de Paris em 2015), a meta do Planaveg (Plano Nacional de Vegetação Nativa) de restaurar 12 milhões de hectares de terra. Não há uma solução mágica para alcançar esses objetivos: o sucesso depende de um conjunto de estratégias que envolvam governos, empresas e sociedade civil.Essas estratégias incluem a regulação de medidas como o mercado de carbono, o combate à ilegalidade, como desmatamento, grilagem e garimpo, investimentos para a transição energética e a restauração florestal. A restauração florestal envolve a recuperação de áreas degradadas através do plantio de espécies nativas que podem restaurar o equilíbrio climático. Através da fotossíntese, as árvores removem carbono da atmosfera e o estocam ao longo de seu ciclo de vida, regulando os fluxos hídricos e protegendo o solo, além de promover a preservação da biodiversidade e outros serviços ecossistêmicos. A boa notícia é que, nesse campo, testemunhamos movimentos importantes e consistentes no país, especialmente na iniciativa privada. Empresas e investidores que juntos movimentam bilhões de reais na produção de sementes e mudas, preparo de solo, manejo e controle de pragas, além do desenvolvimento de mercados. Para garantir o sucesso, é crucial estabelecer regulações e legislações adequadas, como a do mercado de carbono nacional e do Artigo 6 do Acordo de Paris. O Brasil possui condições únicas para liderar globalmente a restauração florestal. De acordo com o Atlas das Pastagens, desenvolvido pelo Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento da Universidade Federal de Goiás, temos mais de 100 milhões de hectares de terra com algum nível de degradação. Combinado com nossa biodiversidade incomparável, capacidade técnica e avanço tecnológico, o Brasil está em uma posição privilegiada para atrair investimentos internacionais. O mercado global de restauração florestal e créditos de carbono pode movimentar uma enorme soma de recursos nas próximas décadas, e o Brasil pode ser um dos principais protagonistas nessa área.
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