Brasil deve emitir 7% mais metano até 2030, mas se comprometeu a cortar 30%
Se o Brasil adotar políticas de combate ao desmatamento ilegal, erradicar os lixões e ampliar práticas já existentes na agropecuária, pode chegar em 2030 cortando em 36% as emissões de metano, um poderoso gás-estufa. Se continuar como está, contudo, a estimativa é que em oito anos emita 7% mais metano do que em 2020.
O Global Methane Pledge foi um pacto articulado pelo presidente americano Joe Biden e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e hoje tem 122 países comprometidos. Quase a metade do aumento da temperatura mundial está relacionado às emissões de metano. É emitido em quantidades muito menores que o dióxido de carbono, mas 28 vezes mais nocivo em 100 anos. Em 20 anos, o potencial de aquecimento do metano é 80 vezes superior ao do CO2.
Em segundo lugar, está o setor de resíduos , com emissões que vêm dos lixões e do esgoto doméstico e industrial. Na agropecuária, as soluções passam por manejar melhor o dejeto dos animais com tecnologias mais eficientes e eliminar a queima da palha da cana, como já acontece em São Paulo. A colheita mecanizada reduziu em 80% as emissões da atividade nas últimas décadas, diz o estudo.