O uso de algemas em voos de deportações dos EUA é uma prática comum, mas o desembarque de brasileiros algemados em Manaus gerou grande controvérsia. O Itamaraty convocou o encarregado de negócios dos EUA para uma reunião, solicitando explicações sobre o ocorrido. O Brasil condena os maus-tratos relatados pelos deportados e exige que sejam cumpridos os acordos em vigor.
O uso de algemas em voos de deportações dos Estados Unidos é uma prática comum, mas o desembarque de brasileiros algemados em Manaus (AM) no sábado passado gerou grande controvérsia. O Itamaraty convocou o encarregado de negócios dos EUA , Gabriel Escobar, para uma reunião na segunda-feira, solicitando explicações sobre o ocorrido.
O Itamaraty considera o tratamento dado aos brasileiros inaceitável e argumenta que houve descumprimento de acordos, já que as algemas não foram retiradas após o desembarque. \A gestão Lula condenou os maus-tratos relatados pelos deportados e determinou que uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) fosse utilizada para transportar o grupo de 88 pessoas até Belo Horizonte (MG), seu destino final. Durante o voo, os brasileiros relataram ter sofrido maus-tratos dentro da aeronave. A Polícia Federal (PF) está investigando as denúncias de agressões e aguarda mais elementos via cooperação internacional para abrir um inquérito formal. \O episódio também reacendeu o debate sobre o uso de algemas em voos de deportação. O Brasil tem pedido, desde 2021, que essa prática seja substituída por um procedimento mais digno. Na época, o governo Bolsonaro trocou notas consulares com os EUA e realizou conversas diplomáticas para evitar o uso de algemas. No entanto, a prática continua. A cúpula da PF argumenta que o uso de algemas durante o embarque é uma regra nos EUA, mas que a utilização durante o voo é recomendada apenas em caso de risco à tripulação ou aos passageiros.
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