Ex-presidente critica mudança feita semanas antes da análise da denúncia por tentativa de golpe de Estado
. Bolsonaro afirma que os ministros mudaram a regra no "meio do jogo" para fazerem um "julgamento relâmpago" contra ele, acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado em 2022.mesmo após deixarem as funções. Uma das linhas da defesa do ex-presidente era questionar a competência do STF para julgá-lo e pedir que a denúncia fosse remetida para a primeira instância.
Durante a entrevista, o ex-presidente voltou a se queixar do tempo para a defesa encaminhar suas manifestações iniciais após a Procuradoria-Geral da República formalizar a denúncia contra Bolsonaro e outras 33 pessoas. Os advogados tiveram 15 dias, conforme previsão legal. O ex-presidente voltou a negar que houve discussões sobre golpe e disse que soube do 8 de janeiro de 2023 apenas quando os atos já estavam em curso. Questionado a razão de ter viajado para os Estados Unidos em 30 de dezembro de 2022, Bolsonaro afirmou que tinha "um pressentimento" de algo poderia ocorrer. "Se eu estivesse em Brasília estaria preso até hoje.", seu ex-ajudante de ordens e delator no inquérito da tentativa de golpe.
Declarado inelegível até 2030, Bolsonaro também falou sobre as eleições de 2026. O ex-presidente disse que ainda não é o momento para indicar um nome para substitui-lo nas urnas caso não consiga reverter a proibição da sua candidatura. "Não precisa ser agora. Vamos deixar para o ano que vem." O ex-presidente voltou a dizer também que sua prioridade agora é aprovar no Congresso a anistia aos condenados pelo 8 de janeiro.
Golpe De Estado Jair Bolsonaro Stf (Supremo Tribunal Federal)
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