A Procuradoria-Geral da República está analisando o material da Polícia Federal sobre uma possível trama golpista envolvendo Jair Bolsonaro após as eleições de 2022. Caso avance, o caso será remetido ao STF.
A Procuradoria-Geral da República ( PGR ) está prestes a denunciar Jair Bolsonaro até o final de fevereiro, após uma investigação aprofundada sobre uma trama golpista ocorrida em 2022. O procurador-geral, Gonet, está analisando cuidadosamente o extenso material da Polícia Federal (PF), que abrange mais de 880 páginas, e poderá realizar aditamentos à denúncia. Caso avance, o caso será remetido ao Supremo Tribunal Federal ( STF ) para apreciação.Generais também estão envolvidos nesta investigação.
De acordo com informações do GLOBO, membros do STF aguardam ansiosamente o recebimento do material da PGR, demonstrando a importância e sensibilidade do caso. Em novembro de 2022, Bolsonaro e outras 39 pessoas foram indiciados pela PF. As investigações apontaram para a participação do ex-presidente em um plano para impedir a transferência de poder após sua derrota para Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.O GLOBO apurou que o procurador-geral da República tem realizado análises minuciosas e ajustes em parte do conteúdo elaborado a partir do material da PF. O diretor-geral da PF divulgou que uma complementação por parte da corporação ainda é aguardada. Interlocutores da PGR sinalizam a possibilidade de um aditamento à denúncia, sem prejudicar o núcleo central da investigação. Se Gonet optar por denunciar Bolsonaro e seus aliados, o caso será encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo, para posterior apreciação pela Primeira Turma. Em seu relatório de 884 páginas enviado ao STF no final de 2022, a PF afirma que Bolsonaro 'planejou, atuou e teve domínio direto e efetivo' em um plano golpista para permanecer no poder. Segundo a PF, os 'atos executórios' realizados por um grupo 'liderado' por Bolsonaro tinham como objetivo abolir o Estado democrático de direito, fato que não se concretizou por circunstâncias externas à vontade de Bolsonaro.Desde que foi indiciado, Bolsonaro nega envolvimento em qualquer discussão sobre tentativa de golpe no final de seu governo. Além de Bolsonaro, foram indiciados pela PF generais como Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, atualmente preso; Augusto Heleno, ex-secretário-geral do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, e o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier.
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