O ex-presidente Jair Bolsonaro pretende conquistar maioria no Senado nas eleições de 2026, visando influenciar políticas como a limitação dos poderes do Supremo Tribunal Federal e o impeachment de ministros da Corte. O presidente Lula busca conter esse avanço bolsonarista, adotando uma estratégia de apoio a políticos de outros partidos, mesmo de centro-direita, que compartilhem o compromisso com a democracia.
O ex-presidente Jair Bolsonaro tem afirmado há algum tempo que uma de suas prioridades para 2026, além de tentar retornar ao Palácio do Planalto (atualmente inelegível), é conquistar maioria no Senado , que terá 54 das suas 81 cadeiras em disputa na próxima eleição.
Por trás do plano está a crença de que, dominando a Casa Alta do Congresso, a direita radical conseguiria aprovar pautas difíceis que estão no topo de sua agenda, como a limitação dos poderes do Supremo Tribunal Federal e o impeachment de ministros da Corte. O clamor da ala bolsonarista para o confronto que se aproxima já foi ouvido no Palácio do Planalto, especificamente no gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que começou a alertar sua equipe de que o desfecho dessa guerra será decisivo para o futuro de um novo governo. A contraofensiva de Lula para impedir a vitória bolsonarista tem uma estratégia bastante clara: se não é meu inimigo, é meu amigo. O presidente tem comunicado a interlocutores de sua base, especialmente do PT, que vencer a eleição para o Senado é mais importante do que conquistar governos estaduais e que, para isso, pode ser necessário apoiar políticos de outros partidos, mesmo de centro-direita, desde que tenham compromisso com a democracia e disposição ao diálogo com um possível novo governo liderado por ele. Para isso, é muito provável que o PT tenha de abrir mão de algo que lhe é muito caro: o protagonismo. Já fez esse movimento, é verdade, na eleição de 2024, quando apoiou Eduardo Paes no Rio de Janeiro e outros candidatos de centro e centro-direita em colégios eleitorais importantes diante do risco de uma vitória bolsonarista. Mas pode ser que essa disposição tenha de ser ampliada para 2026. O raciocínio leva, por exemplo, a apoiar Arthur Lira (PP) e Renan Calheiros (MDB) em Alagoas, dois líderes com os quais Lula tem diálogo — o presidente, aliás, já disse que poderia apoiar a dupla ao Senado
Bolsonaro Eleições 2026 Senado Lula Supremo Tribunal Federal
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