O artigo analisa a relação de Bolsonaro com Trump, destacando a submissão do governo brasileiro às políticas americanas e suas consequências. A análise aponta para o impacto negativo das ações de Trump no mercado brasileiro, especialmente no setor siderúrgico, e como essa situação coloca o bolsonarismo em uma posição vulnerável.
celebrou o retorno de Trump à Casa Branca, no mês passado, com um vídeo nas redes sociais. Nele, acomodou sobre as orelhas o boné vermelho do movimento Maga —""— e declarou:"Grande dia!". Decorridas três semanas, o governador de São Paulo talvez não se aventure a repetir a cena.
O surto tarifário de Trump não prejudicou apenas o aço do Brasil. A vassalagem de Bolsonaro e seus devotos ao"mito" americano, também feita de aço, virou ponta de estoque no mercado político. Trump ainda não fez a América grande de novo. Mas já apequenou oNuma de suas primeiras declarações depois da posse, Trump disse que os Estados Unidos não precisam do Brasil e da América Latina.
Não é que Trump ignore Bolsonaro. A questão é que, preocupado em presidir o mundo, ele não tem tempo para pensar no capitão. Se pensasse, talvez o ignorasse. Ao passar um ferrolho no mercado americano, prejudicando os negócios do Brasil, Trump deixa o bolsonarismo sem chão. Mais um pouco e a direita nacional, avessa à China, desconfiará que se assustou com a assombração errada.
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